terça-feira, novembro 30, 2004

Dilema de café...

Dilema de café...


Qualquer mortal português já decerto tentou despachar-se num café, beber uma bica rápido e um pastel de nata empurrado, quando a pressa não perdoa... E alguns "felizardos", tal como eu, apanhou na pior altura, um exército de velhotas na hora do café da tarde...:)
Viver numa zona de Lisboa onde a faixa etária em média é de 438 anos, como é o meu caso, tem destas coisas, apanhamos na melhor altura falatório na paragem, e todas nos conhecem, se entro no bairro ao lado de uma rapariga, antes de chegar ao outro lado, já o rumor se espalhou...: Que ela é uma filha de um senhor respeitado, que namora cmg , malandro oficial, já temos 2,5 filhos, e juram a pés juntos, (que um primo da afilhada da vizinha, aquela coxa que tem um miúdo "piqueno", cujo pai é o padeiro da pastelaria da gracinda, e é ele que faz aqueles bolos de arroz que o sr. prior um dia se ia engasgando, quando viu a matilde entrar, a sra. do mini-mercado que rouba no preço da margarina, e só elas sabem pq lhes disse) que o pai já andou atrás de mim com uma caçadeira com balas de sal... e eu nem tenho de a conhecer...basta estar ao lado!
Ora, a pressa aperta, o tempo urge, o organismo suplica um café! e apanho com o 2º pelotão do regimento do inatel á minha frente, a perguntar a cada bolo: "isto é bom?", "está fresco?", "ai, kredo que isto engorda!" juntamente com comentários da quinta das celebridades, e a última barraca do progrma da manhã da TVI...imperdível! É de ir aos arames, da vontade de correr com todas dali, com cruz em riste, a espantar os morcegos todos... Mas lá aguentamos, sorrindo e dizendo 5,6 X por segundo "sim, a mãeszinha tá boa", "pois, é assim! crescemos depressa!" (com um sorriso amarelo vivo, desejoso de o porte de armas n ser como nos EUA).Acabamos por beber o café á pressa, empurrar o pastel de nata e sair a correr...a ouvir o comentário" esta juventude...não pára...tadinhos, sempre a correr...":)
Verdadeira cruzada beber café no meu bairro...:)